quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Patagônia - Chile – parte 1


Planejamento

Eu e um amigo conseguimos conciliar as férias e decidimos fazer uma viagem de mochilão para o extremo sul da America! Iniciei o Planejamento para verificar qual seria a melhor rota em questão de $$$, tempo e disponibilidade de vôos e transporte (pois nessa região não existem muitas opções..)
Depois de analisar, descobri que o melhor roteiro seria iniciar pelo Chile e terminar pela Argentina, pois o Navio que descia de Puerto Montt a Puerto Natales tinha melhores horários nesse sentido e o retorno pela Argentina ficar mais rápido e fácil.
A quantidade de dias também foi definida pelo roteiro, para poder aproveitar mesmo a viagem, teríamos que ficar no mínimo 15 dias e foi o que fizemos!

Esses foram os link onde busquei as informações para criar o roteiro que irei descrever abaixo

 Como estávamos de mochila, decidimos ficar em albergues, fiz um pesquisa previa para verificar o que teríamos disponível, mas preferi chegar nos locais e analisar as opções
A idéia era fazer o cruzeiro pelo fiordes até Puerto Natales, seguir para Torres del Paine de lá por terra da El Calafate e El Chanten para visitar os glaciais e o Cerro Fitz Roy, pegando um vôo de retorno a Buenos Aires para seguir depois para São Paulo.

Dia 1, 2 e 3 - Santiago

  Voamos direto a Santiago na Sexta e chegamos a noite, como tenho amigos em Santiago, ficamos na casa deles, passamos o final de semana em Santiago saindo e meu amigo correu a Nike 10k no domingo, compramos a passagem de ônibus para Puerto Montt (você pode aproveitar e voar direto até Puerto Montt caso deseje) viajamos com a Turbus, existem várias categorias de ônibus e fomos de leito (cama) não vá pensando que são como os ônibus porcarias aqui do Brasil, era realmente otimo e reclinava muito, vejam no site depois. A viagem demorou mais ou menos 11 horas, mas como foi noturna e confortável nem notamos...

Dia 4 - Puerto Montt

Chegando cedinho em Puerto Montt a idéia era já pegar direto o Navio, mas houve um imprevisto, o mar estava muito virado por tempestades no Pacifico e o navio da Navimag teve que mudar sua rota para fazer um resgate a uma embarcação menor que estava afundando, com isso nosso horário de partida mudou para a noite... tínhamos um dia inteiro livre e nada planejado.. decidimos ir a Puerto Varas fazer um passeio para não perder o dia vistamos a cidade, Saltos del Petrohue e fomos até o Lago Todos los Santos retornando a Puerto Montt para dormir, compramos alguns vinhos (bem barato) para tomar durante a viagem.

Dia 5, 6 e 7 - Dentro do Navio da Mavimag 
  
 O horário de partida do Navio mudou, saímos pela manha, com isso o horário que passaríamos pelas atrações da viagem não ficou muito bom,algumas eram quando do dia estava amanhecendo portanto não as conseguimos ver muito bem. Todas as refeições, água e sucos e café estavam incluídas; existem várias opções de cabines (para todos os bolsos) O Navio é bem limpo e a comida era boa. Também se pode levar o carro, pois o Navio na verdade é um Ferry que leva caminhões e mantimentos para o sul do Chile.
O tempo ainda não era dos melhores mas zarpamos finalmente direção sul!!
No primeiro dia estávamos em águas protegidas e calmas, tudo tranqüilo íamos apreciando a paisagem no deck superior e fugindo das chuvas passageiras... 
No segundo dia chegamos no ponto mais movido da viagem, pela manha começamos a entrar no Golfo de Penas (o nome próprio já sugere o que vinha pela frente) era mar aberto e estava muito agitado a principio pegamos as ondas de frente e o Navio ia saltando elas, chegamos num ponto que tinha que ir para o sul ai as ondas começaram a bater lateralmente e o Navio balançava a quase 60 graus para os lados, nesse momento acredito que 70% dos passageiros já estavam passando mal, tinha gente vomitando por todos os lados nos decks, eu como levei remédio para enjôo não fiquei mal, mas tive que tomar 2 pastilhas!!! pois uma só não estava aguentando! 
 A cena mais engraçada foi comer com o Navio balançando daquela maneira, pois as pessoas tentavam segurar suas bandejas na mesa para não saírem voando; eu olhava pela janela e via o mar e depois o céu!!! Era dificil caminhar, foi realmente muito agitado e tudo isso durou todo o tempo que estivemos no golfo, acredito que umas 4 ou 5 horas até voltarmos para a segurança dos Fiordes e após algumas horas uma parada em terra firme: Puerto Eden, é uma vila pequena onde se pode fazer uma caminhada até um mirante e passear pelo vilarejo, não tem muita coisa para fazer, mas a vista é bonita. Retornamos ao Navio para seguir viagem
No terceiro dia ele desvia um pouco o caminho entrando num braço de mar até chegarmos ao Glaciar Pio XI, A vista é impressionante o glacial é enorme (maior do hemisfério sul sem considerar a Antártica) chegamos até uma distancia segura, não chegamos muito perto por causa dos icerbegs mas mesmo assim dá pra sentir a grandeza e imponência dele! Após a sessão de fotos voltamos a rumar sul em direção ao estreito de Magalhães, nessa noite tem uma festa no bar a noite para celebrar a ultima noite, nada muito agitado, mas legal para conversar e conhecer gente nova do mundo todo.
O quarto dia pela manha já estávamos no estreito de Magalhães bem próximo de Puerto Natales, chegamos pela manha.

Dia 8 - Puerto Natales - Torres del Paine

Na chegada já tinha muita gente oferecendo pousadas, passeios de tudo no porto... pegamos uns papeis mas decidimos seguir andando até a cidade para decidir lá. A cidade em si não é muito bonita, não tem muitos atrativos... acabamos conhecendo umas pessoas de um albergue que alugavam os equipamentos para acampar no parque nacional Torres del Paine, pois o parque esta a uns 150km da cidade e a melhor maneira de conhecer e seguindo a trilha e acampando nos abrigos. Tiramos toda a roupa de uma mochila e colocamos os equipamentos nela e na outra compartimos nossas roupas para somente os 2/3 dias lá, o resto deixamos com o albergue para pegar na volta. Fomos a um mercado e compramos os mantimentos para os 3 dias, estávamos prontos!!! Pegamos o ônibus para o parque que nos deixou na entrada perto do hotel las Torres, existem 2 circuitos no parque, o W de 3 a 4 dias e o Circular de 7 a 10 dias, nós escolhemos os W, pois o outro teríamos que andar sobre o gelo e não tínhamos equipamento, nem tempo de fazer


Pegamos o ônibus (http://www.busesgomez.com/) com destino ao parque, depois de 145km mais ou menos 2h chegamos, o ônibus para perto do hotel Las Torres, pelo acesso da Laguna Amarga (não, não provamos o nome é esse mesmo...) onde pagamos a entrada do parque e iniciamos a caminhada para o primeiro abrigo “Campamento Torres”  onde iríamos passar a noite teríamos que caminhar, já eram umas 16:30 mas ainda tínhamos muita luz do dia, lá escurecia pelas 22:00 no verão, começamos a subir, o começo foi a pior parte pois a subida era longa, uma vez que entramos no vale ficou melhor e depois de 3 horas 7.7km chegamos no acampamento, pagamos a taxa do refugio para poder acampar e tomar banho quente, montamos nossa barraca e nos preparamos para cozinhar, a noite fazia muito frio então era difícil ferver a água... então pegamos a água quente do chuveiro e depois de muita espera conseguimos cozinhar um macarrão! Fomos dormir pois no dia seguinte a caminhada seria longa e o tempo parecia que não ia ajudar muito no dia seguinte.

Dia 9 e 10  - Torres del Paine

 No segundo dia no parque acordamos bem cedo e tomamos café, deixamos tudo montado e nossas malas dentro da barraca e seguimos direto para ver as Torres, estávamos preocupados com o tempo, mas amanheceu um dia lindo (uma coisa que aprendemos é que o tempo muda muito rápido por lá) começamos por uma trilha que depois virava uma subida por pedras enormes, depois de 45min 0.8km chegamos lá a vista das 3 torres símbolo do parque é espetacular, sentamos um pouco para sentir o lugar e nos preparamos para a volta que seria longa...
Retornamos ao acampamento e fizemos as malas para a parte mais longa de trekking 16km até o acampamento “Los Cuernos” o inicio era fácil em descida e conseguimos chegar bem até a região das lagoas, mas ai começou um problema... e vi que não nos preparamos bem, carregando todo o equipamento comecei a ficar com muito calor com minha jaqueta, mas não podia abrir pois ventava muito e ficava com frio! :S realmente precisava de uma jaqueta com zíper embaixo dos braços para liberar o calor sem abrir tudo (lição aprendida e usada depois em outras trilhas), a trilha era relativamente ondulada, com algumas subidas e descidas... quando já estávamos relativamente perto, faltando uns 3-4km o tempo começou a virar de novo, ventando muito mais forte e fechando uma tempestade! :-o, o vento chegou a nos derrubar na trilha em alguns momentos, pois vinha em rajadas fortes...
Chegamos no acampamento depois de 9 horas (paramos para comer no caminho). Ventava muito forte na área de camping, como chegamos meio tarde os melhores lugares estavam tomados, tentamos montar a barraca umas 3 vezes mas o vento levava... não teve jeito tivemos que pagar um extra para pegar as ultimas camas do refugio (que ficou lotado) a ventania durou a noite toda, o teto da casa do refúgio balançava e eu demorei a dormir (pensava que tudo ia sair voando! Ahahahaha)

 No terceiro dia acordamos cedo novamente, tomamos café e como já tinha arrumado as mochilas a noite para caímos na trilha rapido, depois de 5.5km e 2:30h chegamos no acampamento Italiano onde deixamos nossas mochilas pois a trilha para o vale do Frances era de subida (melhor caminhar com pouco peso) e exatamente nesse ponto a trilha bifurca para o Valle do Frances e o outro lado para o Refugio Pehoé.
Começamos a subir para o mirante, a subida é constante e 45 minutos no inicio temos vistas lindas dos lagos e quando chegamos no mirante estávamos rodeados pelas montanhas e geleiras a trilha ainda seguia mais adiante até um outro acampamento mas no fundo do vale, mas como já estavamos no ponto mais alto não fazia sentido continuar; retornamos ao acampamento pela mesma trilha, montamos nosso fogareiro e almoçamos alí antes continuar.
Pegamos nossas coisas e partimos em direção ao píer do Refugio Pehoé de onde saia o barco, esse retorno foram mais 2:30h e 7.5km mas a trilha era bem fácil e plana, o tempo começou a melhorar o que ajudou bastante. Chegamos no refugio e ainda sobrou um tempo para descansar antes de pegar o barco, esse refugio é enorme, tem refeitório e boa infra-estrutura. Ficamos sentados admirando as montanhas, nós não planejamos fazer o tramo para a Glaciar Grey, por que no nosso roteiro colocamos vários Glaciais na Argentina, então não daria tempo e seria mais da mesmo...


Subimos o navio e direto subimos para o deck superior, as vistas eram de tirar o fôlego durante o trajeto cruzando o lago, o céu estava lindíssimo e as fotos saíram ótimas.


Chegamos no porto pegamos o ônibus de volta para Puerto Natales e retornamos ao albergue onde passamos a noite. No dia seguinte seguíamos para El Calafate na Argentina, que irei falar na parte 2....


Um comentário:

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